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De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer) o câncer de laringe acomete mais o sexo masculino, sendo um dos tumores mais comuns que acometem a região de cabeça e pescoço (25%). No ano de 2009 o INCA relatou a ocorrência de 9.320 casos de câncer de Laringe e contabilizou ainda um total de 3.594 óbitos em 2008.
Os sintomas estão diretamente ligados à localização da lesão. Assim, a dor de garganta sugere tumor supraglótico, e rouquidão indica tumor glótico ou subglótico. O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais, como alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de "caroço" na garganta. Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, podem ocorrer dor na garganta, disfagia e dispnéia (dificuldade para respirar ou falta de ar).
De acordo com a localização e a extensão do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia. A laringectomia total (retirada da laringe) implica na perda da voz fisiológica e em traqueostomia definitiva (abertura de um orifício artificial na traqueia, abaixo da laringe). Vale ressaltar que mesmo em pacientes submetidos à laringectomia total é possível a reabilitação da voz através de próteses fonatórias tráqueo-esofageanas.
O paciente submetido à cirurgia, que apresenta linfonodos cervicais positivos para malignidade, realizará o esvaziamento cervical. Durante este procedimento, poderá sofrer lesão total ou parcial do Nervo Acessório, que poderá resultar em paralisia do músculo trapézio com conseqüente queda do ombro homolateral. O paciente apresentará seqüelas funcionais, com importante diminuição na amplitude de movimento e força, principalmente para abrir o braço, escápula alada, além de dor aos movimentos. É necessária a realização da Fisioterapia o mais precocemente possível, para que o paciente adquira a função do seu membro superior.
Em alguns casos o paciente pode evoluir com o linfedema (inchaço) na face, em virtude da cicatriz e do esvaziamento cervical. Nestes casos o acompanhamento fisioterapêutico deverá ser realizado por um profissional habilitado na Fisioterapia Descongestiva Complexa .
Nos pacientes que realizam uma traqueostomia definitiva, poder ser necessário acompanhamento com Fisioterapia Respiratória, a fim de evitar complicações respiratórias e facilitar a ventilação pulmonar.
Mirella Dias
Doutoranda em Ciências Médicas UFSC
Mestre em Saúde Pública - UFSC
Coordenadora e Fundadora do Serviço de Fisioterapia do Centro de Pesquisas Oncológicas de SC-CEPON-SC
Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia em Cancerologia.
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