Publicidade
Publicidade
Com mais de 10 milhões de novos casos a cada ano, o câncer tornou-se a mais devastadora doença no mundo. Essa situação caracteriza a neoplasia maligna como um problema de saúde pública e justifica os recentes movimentos de definição de estratégias de controle e de prevenção da doença, bem como o controle das complicações associadas a ela e aos seus tratamentos.
Dentre as neoplasias malignas, os tumores ósseos podem ser primários ou metastásticos.
As metástases ósseas são muito mais comuns que as neoplasias primárias ósseas. Na América do Norte, metade dos cânceres diagnosticados tem potencial de fazer metástases ósseas.
As localizações preferenciais das metástases por ordem de acometimento são: coluna, fêmur, úmero, ilíaco e tíbia proximal. Já nos tumores primários o fêmur é o principal local de acometimento, tanto nos tumores ósseos malignos, quanto benignos.
Os sintomas dos tumores nos ossos, sendo eles metastáticos ou não, podem ser: dor, intumescimento da área afetada, calor local, redução da força muscular e da amplitude de movimento, fratura patológica e conseqüente impotência funcional.
O tratamento das neoplasias ósseas objetiva a cura e a prevenção ou erradicação de metástases. A intervenção médica no tratamento de indivíduos com neoplasia óssea pode incluir quimioterapia, cirurgia e/ou radioterapia.
Nas cirurgias de preservação do membro para tratamento de tumores ósseos no quadril (devido à fratura patológica ou somente para ressecção do tumor) a artroplastia com colocação de endopróteses é uma boa opção de escolha para os cirurgiões, pois é um tratamento seguro devido à baixa taxa de complicações clínicas.
Dentre as técnicas de artroplastia de quadril, os acessos transtrocantérico, ântero-lateral, e póstero-lateral, são os mais usados. A escolha da técnica está relacionada ao resultado funcional no pós-operatório, pois as funções do quadril são cruciais para a independência funcional de um indivíduo.
Essas funções do quadril podem ser comprometidas por processos cirúrgicos para ressecção de tumores ósseos, que levam os indivíduos a uma deficiência física significativa, uma vez que seus procedimentos causam danos ou perdas de estruturas necessárias ao movimento, que associados à progressão da doença reduzem a funcionalidade dos pacientes.
Devido a esse comprometimento funcional, os procedimentos cirúrgicos, a anestesia e a reabilitação devem estar intimamente conectadas e focadas para a otimização dos resultados funcionais desses indivíduos, pois a funcionalidade tem importantes implicações na qualidade de vida das pessoas.
As principais alterações encontradas no pós-operatório que influenciam na biomecânica do quadril são: dor; fraqueza muscular; contratura muscular; e alterações na marcha.
Tendo em vista essas alterações, um programa de tratamento fisioterapêutico especializado é imprescindível para uma recuperação mais rápida e adequada.
A abordagem fisioterapêutica deve englobar recursos, técnicas, exercícios e manobras que objetivem analgesia, redução do processo inflamatório local e ganho de amplitude de movimento. Posteriormente, fortalecimento das cadeias musculares envolvidas, treino sensório motor, de coordenação e de marcha deverão ser enfocados.
Juliana C. Scheleder
Fisioterapeuta mestre em Tecnologia em Saúde pela PUC-PR
Especialista em Fisioterapia em Oncologia - SBFC.
Responsável pelo ensino e pesquisa do Setor de Fisioterapia do Hospital Erasto Gaertner.
Docente do curso de fisioterapia do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais.
Preencha seu e-mail e receba as novidades do OncoExperts em seu e-mail!
© 2009/2024 - Oncoexperts: Todos os Direitos Reservados
O conteúdo deste site tem objetivo estritamente informativo. Em hipótese alguma substitui a consulta ou tratamento médico e fisioterapêutico.
Em caso de dúvida, procure seu médico ou fisioterapeuta.
Endereço: Rua Afonso Celso, nº 19 - Vila Mariana - CEP: 04119-000 - São Paulo - SP
Telefone: (11) 2659-7001