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Linfedema de face e pescoço

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Após as cirurgias de câncer em cabeça e pescoço, pode ser necessário multimodalidades de tratamento, principalmente no caso de doença avançada. A sobrevida, bem como o controle local nestes tipos de câncer pode ser aumentada, no entanto, aumentam também as seqüelas referentes ao tratamento. Estas seqüelas, por vezes, acarretam desfigurações em áreas expostas da face, podendo ainda gerar disfunções permanentes em atividades essenciais como fala, deglutição, mastigação, olfato, movimento do ombro entre outras.

O linfedema de face é uma seqüela comum naqueles que realizam cirurgias por câncer de cabeça e pescoço (o câncer de laringe, por exemplo), mas muitas vezes não é reconhecido e evolui sem tratamento adequado. Artigos recentes relatam uma prevalência de aproximadamente 50% desta seqüela. O Linfedema pode afetar profundamente a funcionalidade do paciente, alterando ainda sua imagem corporal podendo levar ao isolamento social. Alguns fatores podem contribuir para o aparecimento do Linfedema na face como cicatrizes, por bloquear o fluxo linfático, radioterapia, que pode causar fibrose intersticial, e a própria evolução da doença através de metástases nos linfonodos regionais. Outro fator importante na formação do linfedema é a realização do esvaziamento cervical, onde se faz a retirada dos linfonodos que podem estar comprometidos, bem como ser alvo de futuras metástases.

É muito difícil avaliar o linfedema na face, pesquisas recentes trazem a técnica dielétrica como uma possibilidade fidedigna de mensurar a quantidade de líquido acumulado. O tratamento do linfedema de face requer uma avaliação adequada e um profissional habilitando para estabelecer a melhor conduta.

A Fisioterapia Descongestiva Complexa é considerada o padrão outro no tratamento dos linfedemas, e consiste em 5 fases, drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo, exercícios miolinfocinéticos, cuidados com a pele, e auto-cuidado. A técnica traz bons resultados, no entanto, pouca aderência por parte dos pacientes, principalmente na fase de manutenção, onde estes tem que usar as meias compressivas. O Linfotaping parece ser uma boa opção para os pacientes, pois não utiliza a compressão e favorece o fluxo linfático e pode ser usado em cicatrizes.

Fonte: Mirella Dias
em http://fisioterapiaoncologicasc.blogspot.com/search/label/C%C3%A2ncer%20de%20Cabe%C3%A7a%20e%20Pesco%C3%A7o

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