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Câncer de boca: detecção precoce pode evitar sequelas mais graves na deglutição e na fala

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O câncer da cavidade oral é o mais prevalente entre os tumores da região de cabeça e pescoço, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. No Brasil, segundo dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que em 2012 serão 14.170 novos casos de câncer da cavidade oral, sendo 9.990 em homens e 4.180 em mulheres. Este é o quinto tipo mais frequente de câncer nos homens e o sétimo nas mulheres. Em 2009, foram 6.510 mortes pela doença (sendo 5.136 homens / 1.394 mulheres).

“Os principais fatores de risco para o desenvolvimento das neoplasias malignas da boca são o consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas, fatores estes presentes em mais de 75% dos casos. Indivíduos da raça branca que se expõem de forma exagerada ao sol também apresentam alto risco para câncer de lábio”, diz a vice-coordenadora do Comitê de Disfagia Mecânica da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFA), Juliana Portas.

Outro levantamento importante, realizado pela International Agency for Research on Cancer (IARC), em 2008, apontou estimativa de 263.020 casos de câncer de boca naquele ano, em todo o mundo, com 127.654 mortes no mesmo período, sendo a maioria no sexo masculino (64,8%) e o décimo tipo de neoplasia maligna mais frequente nos homens, e o décimo sétimo nas mulheres.

A maior parte desses tumores surge primeiro na língua, no assoalho bucal ou ainda nos lábios. Apesar da relativa facilidade com que poderia ser feita a detecção precoce, cerca de 80% dos casos são diagnosticados nos estádios avançados. “O atraso no diagnóstico ocorre pelo fato de que a maioria dos indivíduos acometidos serem de classes sócio-econômicas menos favorecidas, com dificuldade de acesso à assistência médica, principalmente em países subdesenvolvidos e em minorias étnicas que vivem em países desenvolvidos”, esclarece Juliana Portas.

De modo geral, as exposições profissionais a alguns agentes considerados carcinogênicos, como metais pesados, álcool isopropílico, couro, ácido sulfúrico, a má higiene bucal, o consumo de mate e o uso de fogão a lenha também têm sido apontados como prováveis fatores de risco. O papel do trauma crônico (como o uso de prótese dentária mal adaptada) como fator de risco para a ocorrência de tumores malignos da cavidade oral ainda é considerado controverso por falta de evidências científicas mais consistentes, porém merece atenção dos profissionais de saúde. A prevenção, o diagnóstico precoce e o consumo de alimentos com caroteno e vitamina C são fatores importantes, pois reduzem significativamente o risco de câncer bucal”, lembra a vice-coordenadora do Comitê de Disfagia Mecânica da SBFA.

HPV e os tumores malignos da orofaringe

O carcinoma epidermóide de boca ocorre mais frequentemente em indivíduos do sexo masculino, na faixa etária superior a 40 anos. Porém, nas últimas décadas, tem havido um aumento da incidência em indivíduos mais jovens (menores de 40 anos), sendo que muitos destes não apresentam exposição ao tabaco e álcool. Nesta população, existem evidências de um provável papel etiológico do vírus do papiloma humano – HPV, principalmente o subtipo 16, na gênese destes tumores, o que já está bem evidenciado em tumores malignos da orofaringe.

O tratamento do câncer da cavidade oral deve ocorrer de forma rápida, eficaz e, sobretudo, na fase inicial da doença, através de cirurgias ou associado a rádio e/ou quimioterapia. A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e seus departamentos de Disfagia e Voz recomendam sempre o diagnóstico precoce. Sob os cuidados de uma equipe médica e multidisciplinar, que inclui o profissional fonoaudiólogo, é possível a reabilitação das funções da deglutição e da fala.

Para a coordenadora do Comitê de Fononcologia da SBFa (Departamento de Voz) Dra. Nair Katia Nemr, após o tratamento – cirurgias, rádio e/ou quimioterapia -, o paciente pode apresentar sequelas fonoaudiológicas como dificuldade para mastigar, deglutir e falar em graus variados. “Estas são funções importantes relacionadas à alimentação, comunicação e interação social dos indivíduos, e que afetam sua auto-estima quando alteradas, pois limitam suas atividades e capacidade para o trabalho”, conclui a fonoaudióloga Kátia Nemr.




Juliana Portas
Irene de Pedro Netto
Roberta Gonçalves
Leandro Pernambuco
Katia Nemr

Departamento de Disfagia da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia -SBFA
Departamento de Voz- Comitê de Fononcologia da SBFa

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