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Saiba mais sobre o câncer no peritônio

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Funções à parte, o peritônio é um sítio comum de acometimento neoplásico, isto é, de ocorrência de câncer.

Características como sua grande extensão, sua rica vascularização sanguínea e linfática e seu íntimo contato com vários órgãos o torna um local ideal para desenvolver ou receber células cancerosas.

Quando falamos de câncer no peritônio, devemos dividir em dois cenários bastante distintos, e com prognósticos bem diferentes: aqueles tumores ali originados, classificados como tumores primários do peritônio, ou aqueles tumores metastáticos, também chamados de implantes secundários no peritônio.

Os tumores primários são relativamente raros, não representando mais que 10% de todos os casos de acometimento peritoneal por câncer. Desses, os dois tipos mais comuns são o pseudomixoma peritoneal e o mesotelioma. Enquanto o mesotelioma pode comportar-se de forma mais agressiva e ter sobrevida média em 5 anos de 29% , o pseudomixoma habitualmente evolui de forma indolente, com taxas de sobrevida de até 84% nesse mesmo período .

Contrastando com esse cenário, encontram-se os tumores metastáticos para o peritônio. Câncer de cólon e reto, acompanhados do câncer de ovário são aqueles que mais comumente ocasionam esse quadro de carcinomatose peritoneal. Além deles, outros tumores ginecológicos como câncer de endométrio, câncer gástrico e pancreático, de mama e pulmão estão entre aqueles que podem cursar com essa apresentação.

Diagnóstico

O diagnóstico da carcinomatose baseia-se nas manifestações clínicas, comumente descritas como aumento de volume abdominal, desconforto e dor em baixo ventre, além de empachamento e alterações do hábito intestinal.

A complementação com exames de imagem, entre eles tomografias e ressonâncias, reafirma a possibilidade diagnóstica. A confirmação vem com o estudo das células presumivelmente doentes, colhidas por biópsia (cirúrgica ou punção) do tecido peritoneal suspeito.

O tratamento é individualizado, baseado na origem celular do tumor.

Dessa forma, as abordagens cirúrgicas ou quimioterápicas (as principais modalidades terapêuticas da carcinomatose peritoneal) devem ser discutidas caso a caso, visto a evolução característica de cada doença.

Infelizmente, não há prevenção e rastreamento bem definidos para tumores primários do peritônio, o que indica a necessidade de avaliações clinicas regulares.

Bonde

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