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18/05/2020
O tratamento de pacientes oncológicos deve ser multidisciplinar e a fisioterapia é uma das especialidades de extrema importância. Dentro da atuação fisioterápica inclui-se a prevenção, a promoção, o tratamento e a recuperação da saúde, com ênfase no movimento e melhora da função dos pacientes.
Para abordar este tema, convidei a fisioterapeuta Fabíola Maciel Barbosa Barreto.
Em relação aos pacientes oncológicos, do ponto de vista de prevenção, para minimizar efeitos de uma cirurgia ou mesmo superá-los, a atuação da fisioterapia se faz necessária. Medidas de prevenção incluem incentivo aos pacientes, estimulando os mesmos a manterem suas atividades cotidianas.
Muitas vezes, pacientes que estão em tratamento de câncer encontram dificuldades para retornarem à sua rotina, por estarem debilitados devido ao tratamento, lesões ou sequelas. Corpo e mente trabalham juntos, e movimento é vida. Desta forma, ao se afastarem de suas atividades, os pacientes podem ter prejuízos de seus estados físico e mental.
A fisioterapia atua com recursos terapêuticos também na redução dos efeitos colaterais do tratamento de câncer, evitando complicações e contribuindo para o restabelecimento desses pacientes.
O fisioterapeuta é capaz de avaliar as limitações adquiridas e definir tratamentos que proporcionam benefícios. Dentre os recursos estão a terapia manual, onde conseguimos tratar, por exemplo: aderências decorrentes de cicatrizes de cirurgia, falta de mobilidade articular e pontos de tensão muscular.
A reabilitação física pode ser feita através de outros recursos como o Pilates, uma excelente atividade que deve ser bem orientada e executada. Movimenta o corpo em sua globalidade e é altamente adaptável, o que permite que seja acessível a todas as pessoas, respeitando a individualidade de cada um e podendo ser realizada por pacientes que se recuperam de lesões.
O Pilates envolve um sistema sofisticado de movimentos, seguro e eficaz para a reabilitação, com estrutura e propósito para desenvolver o corpo de maneira individual e uniforme.
Sua prática constante proporciona mudanças significativas e duradouras no corpo, corrigindo a postura incorreta, adaptada pelo enfraquecimento da musculatura durante o período do tratamento oncológico, e restabelecendo a vitalidade física.
O exercício físico libera endorfina (uma substância química secretada pelo cérebro), que contribui para o alívio de dor e sensação de bem estar, fazendo do pilates uma ótima opção para analgesia.
Traz conforto, com foco na estabilidade postural e articular, fortalecimento e alongamento suave dos músculos, atua na melhora do equilíbrio, coordenação e melhora a qualidade dos movimentos, sem sobrecarregar as articulações. Além de estimular a respiração e concentração durante toda a atividade, promovendo um estado de relaxamento.
A atuação da fisioterapia integrada ao tratamento oncológico pode colaborar para a retomada da autoestima, de seus limites e possibilidades funcionais, conceder mais autonomia, proporcionar uma melhor qualidade de vida e a reintegrar o paciente oncológico à sociedade.
Fonte: Uai
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