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05/06/2018
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso no Brasil do Bavencio (avelumabe), indicado para tratamento de pacientes com carcinoma de células de Merkel (CCM) metastático, um tipo raro e agressivo de câncer que se forma mais frequentemente na pele. O medicamento é um imunoterápico, que estimula o organismo do paciente a identificar as células cancerosas e a atacá-las.
Trata-se de um anticorpo humano que inibe uma proteína utilizada pelo câncer para se proteger do sistema imunológico do paciente. Ao se ligar a essa proteína, chamada PD-L1, o Bavencio impede que as células tumorais a utilizem como "escudo” contra as nossas defesas naturais – e o próprio organismo passa a combater a doença. O medicamento foi desenvolvido por uma parceria entre as empresas farmacêuticas Merck e Pfizer e já é utilizado em diversos países, como Estados Unidos, Canadá e Japão, e na União Europeia.
Até agora, os pacientes brasileiros não tinham opções para tratar esse tipo de câncer de pele, considerado raro, mas com consequências que podem ser devastadoras. As células tumorais se formam na camada superior da pele, perto de terminações nervosas, e muitas vezes o câncer começa nas áreas de pele mais expostas ao sol, incluindo cabeça, pescoço e braços. Na Europa, 2.500 pessoas são diagnosticadas com a doença a cada ano, das quais entre 5% e 12% já em fase metastática. Cerca de um em cada três europeus com a doença morre anualmente. No Brasil, não há dados epidemiológicos específicos disponíveis. Os fatores de risco incluem exposição ao sol e infecção pelo poliomavírus de células de Merkel.
Evidências científicas
A Anvisa aprovou o medicamento com base no estudo JAVELIN Merkel 200, uma investigação clínica com imunoterapia aplicada em pacientes com CCM metastático, que receberam Bavencio na dose de 10 mg/kg por infusão intravenosa a cada duas semanas. Aproximadamente 26% dos pacientes não tiveram progressão da doença em dois anos.
O trabalho envolveu pesquisadores de diversos países. Os dados foram publicados na edição de outubro de 2016 da revista Lancet Oncology e apresentados em junho do mesmo ano no congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO), em Chicago, nos Estados Unidos. A última edição do evento, que termina hoje, trouxe atualizações do estudo.
SUS e planos
A aprovação brasileira segue o que foi realizado pela Comissão Europeia em setembro de 2017, sendo indicado como imunoterapia para o tratamento de pacientes adultos com CCM metastático. Para ser utilizado na rede pública de saúde ou oferecido pelos planos, o medicamento ainda precisa passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), respectivamente.
Fonte: Isto É
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