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Entenda como as terapias integrativas como a aromaterapia e os óleos essenciais auxiliam no tratamento de pacientes com câncer
Você sabia que o olfato é o sentido mais forte do corpo? Não à toa, cheiros como o do café, da terra molhada e da comida de casa proporcionam tantas boas lembranças e sensações de acolhimento a quem os sente.
O cérebro humano é capaz de armazenar inúmeras informações. Quando ativado por um estímulo externo, como o cheiro, gera reações que despertam a memória ou as emoções, causando inclusive efeitos fisiológicos no corpo. É por isso que a técnica da aromaterapia, que utiliza óleos vegetais e essenciais, tem sido adotada como recurso em tratamentos oncológicos.
Aromaterapia e óleos essenciais
Embora esteja ganhando maior visibilidade nos dias de hoje, há registros que falam sobre o uso da aromaterapia datados da década de 1920, quando um químico francês concluiu que o óleo de lavanda tinha poder de cura sobre as queimaduras.
A técnica, que hoje é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um recurso terapêutico, utiliza -se de óleos essenciais obtidos através de plantas aromáticas em combinação com compostos vegetais para promover o bem-estar e aliviar sintomas como ansiedade e depressão.
Quando os receptores nasais são estimulados pela fragrância de um óleo essencial, uma mensagem é enviada diretamente ao sistema límbico do cérebro, cuja função é de controlar os sentimentos e emoções. Em seguida, essa região emite sinais para o restante do corpo, causando sensações diversas, que vão de estados de relaxamento a euforia.
Aromaterapia para pacientes oncológicos
Por sua atuação fisiológica, além do uso caseiro e holístico, a aromaterapia tem ganhado espaço dentro de hospitais e consultórios, sendo recomendada como tratamento complementar em casos oncológicos.
A técnica já é amplamente utilizada pela oncologia em países como Estados Unidos, Japão, Austrália e Canadá, já que ao liberar as partículas contidas em cada óleo, contribui com a saúde e bem-estar dos pacientes. “A aromaterapia torna o processo de tratamento do câncer mais suportável”, diz a fisioterapeuta e professora Michelle Sanz.
Michelle, que possui pós-graduação em Fisioterapia Dermato Funcional, Fisioterapia Aplicada à Saúde da Mulher e em Biofísica Quântica e Biorressonância Aplicada, ressalta que a terapia não substitui qualquer tratamento médico convencional. “A técnica é utilizada como apoio às crises físicas e emocionais e em paralelo ao que é recomendado pelos médicos”.
Entre os sintomas minimizados pela aromaterapia estão as queimaduras resultantes da radioterapia, as náuseas induzidas pela quimioterapia, a mucosite, as neuropatias periféricas e o linfedema, além de aspectos emocionais como insegurança, ansiedade e depressão, que geram transtornos de insônia e no qual os óleos essenciais atuam.
Esses óleos podem ser utilizados nos quadros de câncer de duas maneiras:
Mas Michelle Sanz alerta: “embora ofereça benefícios aos pacientes, o uso da aromaterapia em quadros de câncer deve ser feito com acompanhamento, já que em alguns casos podem ser contraindicados”. É o caso dos cânceres estrógeno-dependentes, como os de mama, próstata e endométrio e cuja dependência de hormônio pode ser acentuada por óleos cuja química tem ação semelhante.
Benefícios dos óleos essenciais para pacientes oncológicos
Quando se fala de aromaterapia como complemento aos tratamentos médicos oncológicos, existem uma série de benefícios oferecidos aos pacientes, entre eles:
Redução dos efeitos colaterais
Em tratamentos tradicionais, como a radioterapia e a quimioterapia, é comum a aparição de efeitos adversos nos pacientes, como náuseas, dores de cabeça, fadiga e irritação. O uso dos óleos minimiza esses sintomas.
Alívio de sintomas
Alguns óleos proporcionam efeitos calmantes e tranquilizantes, reduzindo sentimentos como ansiedade, insônia, irritação e depressão, comuns em pessoas com câncer.
Aumento do bem-estar
Por atuar nas principais emoções causadoras de desconforto, a terapia com óleos essenciais mantém o paciente oncológico com maior qualidade de vida durante seu tratamento.
Melhora do sistema imunológico
Alguns óleos têm propriedades antivirais, antibactericidas e antissépticas, o que contribui com o fortalecimento do sistema imunológico, que muitas vezes fica comprometido ao longo do tratamento.
Conclusão
De maneira geral, o uso da aromaterapia como terapia complementar aos tratamentos médicos oncológicos contribui positivamente com o bem-estar de seus pacientes. São diversas opções de óleos essenciais, cada um deles com uma função e atuação diferente.
Se você quer saber mais sobre esse assunto e como essa técnica pode ser utilizada com seus pacientes, inscreva-se no curso Aromaterapia e óleos essenciais em oncologia.
Crédito da imagem: Folha foto criado por jcomp - br.freepik.com
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