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Câncer de colo do útero: conheça os sintomas, causas e tratamentos

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07/12/16

Entre as doenças mais temidas da atualidade o câncer se destaca tanto pelo número de casos, que cresce a cada ano, quanto pela quantidade assustadora de óbitos que provoca, o que colocou a doença na mira de inúmeras campanhas pela prevenção. Especialistas afirmam que existem mais de 200 tipos diferentes da doença, entre eles está o câncer de colo do útero, que contribui muito para o aumento destas estatísticas cruéis. Apenas em 2015 foram diagnosticados 15.590 novos casos no Brasil.

O oncologista Geraldo Martins Araújo explica que é um crescimento fora do controle das células de um órgão ou tecido que caracteriza o início de um câncer. "Por alguma alteração, ao invés de se dividir e morrer, como naturalmente acontece, estas células continuam crescendo e gerando novas células com a mesma anomalia", afirma, lembrando que estas mesmas células podem se espalhar também para outros órgãos.

Câncer de colo do útero

Também conhecido como câncer cervical, o câncer de colo do útero é uma doença que evolui lentamente e que atinge principalmente mulheres acima dos 25 anos. "O principal fator causador é o papilomavírus humano (HPV), que é responsável pelo aparecimento de verrugas genitais", destaca o oncologista.

Existem mais de uma centena de subtipos diferentes do vírus HPV, mas apenas alguns deles estão associados ao câncer de colo do útero. "Nós podemos classificar em três níveis diferentes de risco, sendo que os subtipos 16, 18, 45, 56 são de alto risco, enquanto os subtipos 31, 33, 35, 51 e 52 são de risco intermediário. Já os subtipos 6, 11, 41, 42 e 44 estão menos ligados a este tipo de câncer?, afirma Geraldo Martins.

Segundo o especialista, a enfermidade passa por um longo período de pré-malignidade, que é também conhecido como neoplasia intraepitelial cervical (NIC). "O câncer de colo do útero pode ser classificado em quatro níveis, de acordo com a sua gravidade, o que irá determinar como o tratamento será feito?, explica.

Apesar da principal causa ser o HPV, outros fatores podem aumentar os riscos de a mulher desenvolver a doença, conforme destaca o oncologista. "O próprio fato de iniciar precocemente a vida sexual já aumenta os riscos, assim como ter múltiplos parceiros também. Vale lembrar que ter um parceiro e este ter uma vida sexual mais promíscua gera um risco igual?.

O especialista destaca ainda a baixa imunidade do corpo como fator de risco, assim como uma higiene íntima não adequada e outros hábitos, como fumar, por exemplo. "As mulheres devem ficar atentas e buscar eliminar ao máximo estes fatores de risco e, ao perceber qualquer alteração, procurar seu ginecologista?, ressalta.

Sintomas

De acordo com o oncologista, não é simples identificar quando um câncer começa a se desenvolver no colo do útero. "Os sintomas geralmente são os mesmo de diversas outras doenças, o que dificulta o diagnóstico?, afirma.

Entretanto, o especialista aponta alguns sinais que indicam o aparecimento do câncer de colo de útero:

verrugas genitais,
corrimento incomum,
dor ou sangramento fora do período menstrual,
problemas urinários,
perda de peso repentina;
dores recorrentes nas pernas e nas costas.

Diagnóstico do câncer de colo do útero

Ao perceber qualquer sintoma a mulher deve procurar seu ginecologista para que se investigue melhor o caso. "Diante da suspeita, o especialista fará um levantamento do histórico clínico da paciente e dos familiares mais próximos, como forma de identificar os fatores de risco e sintomas. Em seguida será feito o encaminhamento para exames específicos?, explica.

Naturalmente o próprio ginecologista fará a coleta de material pélvico para que seja feito o exame de Papanicolau, essencial na identificação do câncer de colo do útero. Caso os resultados apresentem alguma alteração o médico deverá solicitar a realização de outros exames, com destaque para a colposcopia e a raspagem endocervical.

Tratamento

Após a detecção de células cancerosas no colo do útero o tratamento passará a ser feito por um oncologista, seguindo sempre de acordo com o estágio da doença. Na fase chamada de pré-câncer (Carcinoma In Situ), por exemplo, é mais indicada a criocirurgia, cirurgia a laser, cirurgia a laço com excisão e conização a frio.

No primeiro estágio considerado câncer, os tratamentos mais recomendados são biópsia em cone, histerectomia ou traquelectomia radical, além da braquiterapia, radioterapia externa e traquelectomia radical (com a retirada dos linfonodos pélvicos). Os médicos podem indicar ainda uma combinação entre quimioterapia com cisplatina e radioterapia mais braquiterapia.

Quando detectada no segundo estágio, (tumor até 4 centímetros) o tratamento padrão é a histerectomia radical com a retirada dos gânglios linfáticos pélvicos e alguns para-aórticos. Para tomores acima desta medida, será indicada a braquiterapia e radioterapia externa, além da quimioterapia com cisplatina. Em casos mais graves pode ser sugerida a retirada do útero.

Já no terceiro estágio da doença geralmente é recomendada uma combinação entre radioterapia (interna e externa) e a cisplatina. Nos casos em que o câncer se disseminou para outros órgãos e já foi considerado incurável, os tratamentos são ministrados com a intenção e aliviar os sintomas e prorrogar a vida. São indicados radioterapia, quimioterapia com composto de platina e outro medicamento, que pode ser o paclitaxel, a gemcitabina ou topotecano.

Câncer de colo de útero durante a gravidez

São poucos os casos em que este tipo de câncer é identificado durante a gravidez. A interupção ou não da gestação vai depender da gravidade de cada caso. "Caso o câncer esteja em um estágio inicial, é bem possível que o especialista sugira a continuação da gestação, com a realização da histerectomia ou biópsia em cone logo após o parto?, explica o oncologista.

Em casos classificados como IB ou mais graves, pode ser indicada a interrupção da gravidez para que o tratamento seja feito. Se mesmo assim for decidido entre a paciente e o especialista pela continuidade da gravidez, deverá ser feito um parto por cesariana assim que o bebe for capaz de sobreviver fora do útero. Dessa maneira, o tratamento poderá ser iniciado mais rápido.

Fonte: A Revista da Mulher

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