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Custos altos são desafio para tratamento personalizado contra o câncer

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22/07/13

Personalizar o tratamento do câncer, desenvolvendo drogas que ataquem moléculas específicas em indivíduos específicos, como terapias-alvo, é o ideal. Porém, quando se pensa que o tratamento mensal pode superar os R$ 10 mil, a viabilidade dessas tecnologias chegarem a pacientes cearenses passa a ser questionada.

Drogas que se baseiam no ataque a genes que fazem o câncer progredir, lembra o médico Luiz Porto, são muito eficientes e já dão bons resultados. "Mas são caríssimas. Nós não temos um financiamento pra isso nem antevemos a capacidade de fazer tudo isso. Seria inviável para o Ceará oferecer terapia-alvo para todos os cânceres porque todo o dinheiro para a saúde seria gasto na terapia-alvo”, lamenta. Para o médico, as perspectivas são graves no quesito tratamento por causa dos altos custos. Luiz Porto coordena o Comitê Estadual de Controle de Câncer, que é ligado à Secretaria da Saúde do Estado.

O médico e professor Carlos Barrios concorda: os custos fazem com que a personalização para todos os pacientes esteja longe da nossa realidade. Ainda. Defendendo que desenvolver drogas para alvos específicos é muito bom e faz sentido quando fala-se em câncer, Barrios lembra que personalizar é oneroso demais porque os alvos pouco frequentes não terão drogas disponíveis. "Vai ter pessoas com câncer que vão ter uma anormalidade, mas não vai ter mais de dez, 15 pessoas com aquela anormalidade. E é muito ingênuo pensar que nós vamos conseguir desenvolver uma droga para aquelas 15 pessoas. Não vai acontecer”, acredita.

Dificuldades logísticas, burocráticas, políticas e estratégicas impediriam esse combate. Por isso, o caminho para uma convivência com o câncer, defende Barrios, é investir em técnicas que impeçam as alterações moleculares que levem ao câncer. Agir antes de o corpo permitir o nascimento do câncer. Para isso, é necessário conhecer melhor a doença e como ela pode ser controlada. "A minha proposta de solução estratégica, do ponto de vista de desenvolvimento de drogas e do futuro do câncer, é desenvolver conhecimento em algum mecanismo mais global de câncer, que não só funcione em diferentes subgrupos de câncer de mama, mas funcionem em melanoma, em pulmão, em mama, em cólon... A imunoterapia tem esse tipo de situação”, crê.

A imunoterapia nasce da ideia de que nosso sistema imune cura, ao longo da vida, diversos cânceres. É como se ele identificasse células que se multiplicaram de maneira errada e as combatesse naturalmente. "Mas, em algumas situações, esse sistema, que é extremamente complexo, não funciona e deixa aquela célula, que é diferente, evoluir e se forma um tumor. Esse tumor se desenvolve em uma situação em que o sistema imunitário, que continua ali, tolera”, explica Barrios. "A célula tumoral monta algum tipo de reação que faz o sistema aceitar a sua presença. Isso se chama tolerância, e a gente está descobrindo moléculas que, eventualmente, estabelecem essa tolerância”.

Com a imunoterapia, quebra-se a tolerância e moléculas são bloqueadas. Fortalece-se o "sistema de alarme” do nosso corpo. "A imunoterapia está antes da alteração molecular. É um mecanismo do hospedeiro, do corpo humano, que vai lidar contra o receptor hormonal positivo, contra o triplo negativo, contra o HER 2 positivo (subgrupos do câncer de mama), independente - pelo menos a gente pensa - da alteração molecular. Tu vais ter um mecanismo que pode funcionar em diferentes tipos de tumor porque tu estás lidando com um mecanismo normal do corpo humano que, eventualmente, poderá lidar com variados tipos moleculares”, explica o professor. (Mariana Lazari)

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Como garantias de bons resultados no câncer é diagnóstico precoce, a médica do Hias recomenda que os pais observem mudanças físicas e de comportamento nas crianças para garantir o início do tratamento cedo.

"Na criança, os sintomas são parecidos com doenças comuns: febre que não cede, começam a aparecer manchas sem nenhuma causa, a criança fica apática, tem dor nas pernas”, enumera Selma Lessa de Castro.

Apesar de serem menos comuns na infância em relação à leucemia, os tumores sólidos, como no pulmão, por exemplo, podem ser indicados ainda por inchaços no corpo. Caso a criança apresente algum desses sinais, a indicação é que se procure atendimento médico.

Selma cita que no Hias há um Ambulatório de Diagnóstico Precoce do Câncer, onde não é preciso agendar atendimento e será possível fazer diagnóstico precoce dos casos de câncer e indicação do tratamento mais adequado.

Fonte: Jornal de Hoje

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