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Durante isolamento por coronavírus, telemedicina e transmissões ao vivo para tirar dúvidas sobre câncer ganham espaço

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08/04/2020

 

Quando soube que a clínica onde trata seu câncer faria uma live (transmissão ao vivo) para pacientes, logo no início da pandemia de coronavírus, a empresária mineira Roseane Alves de Souza passou a encaminhar mensagens para os amigos, em tratamento ou não.

— Eu sabia que muitas pessoas, e não só pacientes de câncer, estavam se perguntando: “E agora?”. A princípio, o que eu mesma queria saber eram mais detalhes sobre a vulnerabilidade dos pacientes oncológicos, entender como conciliar isolamento e tratamento. Tem muita informação circulando, mas quero ouvir os médicos em que confio — diz Roseane, que, uma vez por mês, volta ao hospital para receber medicações para o câncer de mama.

Os médicos do grupo Oncoclínicas vêm se revezando em lives semanais para orientar pacientes que, em meio à pandemia de coronavírus, só devem deixar o isolamento em casos emergenciais ou para cumprir o tratamento, de acordo com a orientação específica de cada médico. O uso da tecnologia para dar assistência durante a quarentena ganhou outro status e, como define o oncologista Bruno Ferrari, “tornou-se uma ferramenta para a informação confiável e direta chegar ao paciente”.

— Na última live, eu e outros médicos explicamos a importância de saber se os pacientes devem se deslocar para o tratamento e como os hospitais estão se organizando para atender com mais segurança os que precisam ir. Mas a verdade é que, durante uma hora de live, surgem todos os tipos de perguntas. Os pacientes abordam assuntos desde vacinação contra gripe e hábitos de higiene da família em isolamento até especificidades de seus tratamentos — conta Ferrari.

As transmissões com médicos, que se tornaram mais frequentes em meio à pandemia, não seguem as regras da telemedicina — nome que se dá ao exercício da medicina mediado por tecnologias, para assistência, pesquisa, prevenção de doenças e promoção de saúde. Se as transmissões ao vivo são abertas a qualquer pessoa, a telemedicina, por outro lado, funciona como uma consulta individualizada, fechada entre médico e paciente, feita à distância.

Um projeto de lei sobre essa prática foi aprovado na semana passada pelo Senado, em caráter emergencial, e segue agora para sanção do presidente. O texto diz que a liberação da telemedicina tem como objetivo desafogar hospitais e centros de saúde durante a pandemia de coronavírus. Alguns dias antes, o Ministério da Saúde já havia publicado uma portaria liberando a telemedicina “com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional”.

— Tanto o projeto de lei quanto a portaria do Ministério da Saúde surgem para auxiliar o sistema de saúde num momento particularmente crítico. Mas é importante lembrar que o Conselho Federal de Medicina já autorizava a telemedicina desde 2002, também em caráter emergencial — explica a advogada Paula Moura Francesconi, professora da PUC-Rio. — O projeto de lei deixa algumas questões ainda em aberto. Por exemplo: a telemedicina pode ser utilizada por qualquer médico? É possível atender novos pacientes ou só os que já passaram por uma consulta presencial? Mas estas são questões para depois da pandemia.

Questão de segurança

Para o oncologista Bruno Ferrari, no caso de pacientes com câncer, a telemedicina serve “para o controle do paciente, para garantir que ele não está com nenhuma queixa do ponto de vista clínico e para analisar resultados de exames periodicamente”.

A telemedicina vai ficar e ser mais importante nos próximos meses. Temos que diminuir os fluxos dos pacientes nas clínicas, quando isso for possível, em casos que podem ser analisados por meio de plataformas online — diz o oncologista. — A orientação e a consulta pela internet também são formas de garantir a segurança daquele paciente de câncer que não pode deixar de ir à clínica para se tratar.

De acordo com Pedro Barros, diretor executivo de uma plataforma de tecnologia para médicos e pacientes, a Vida Class, o uso da ferramenta de coronavírus era “residual” e, depois do início da pandemia, já teve aumento de 500%. Barros lembra que a telemedicina não se restringe à consulta online:

— Já é possível, por exemplo, receber prescrições de medicamentos, medir pressão arterial ou níveis de glicose no sangue para o médico monitorar à distância. A própria plataforma tem indicadores específicos e sinaliza a necessidade de se consultar um médico se os resultados estão abaixo ou acima desses indicadores. E o paciente também pode ter os seus dados de saúde na nuvem para disponibilizar aos médicos quando bem entender. Mas essa modalidade levanta questões complexas de privacidade que estão agora apenas no início de um longo processo de análise — pondera Barros.

Fonte: O Globo

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