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Enzimas envolvidas na formação da pele são arma para o combate do câncer de pele

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13/12/2010

Pesquisadores da University of Pennsylvania School of Medicine, nos Estados Unidos, descobriram que um par de enzimas chamadas HDACs, fundamentais para a formação adequada da pele dos mamíferos, sugerem uma nova estratégia para o combate ao câncer de pele.

Resultados de estudo mostraram que a inibição dessas enzimas HDAC poderia ser capaz de desligar o crescimento de tumores que contêm células semelhantes às células embrionárias na pele.

Atuando como uma barreira à infecção e desidratação, a camada mais externa da pele, epiderme, é uma estrutura na qual as células-tronco progenitoras da extremidade inferior continuamente se dividem para repor as células das camadas superiores que são perdidas. A origem desta estrutura é uma única camada de células chamada ectoderma superficial que cobre os embriões vertebrados.

A equipe, liderada pela pesquisadora Sarah Millar, analisando como a ectoderme superficial se torna epiderme, se concentraram em enzimas que controlam a expressão de genes regulando a acessibilidade da cromatina, a estrutura de DNA e proteínas na qual os genes estão localizados. Dentro da cromatina, o DNA é enrolado ao redor de proteínas conhecidas como histonas. O grau de compactação da estrutura influencia a expressão ou não de outros genes. Genes em regiões de cromatina "enrolada" são geralmente inacessíveis e reprimidos, enquanto que aqueles que se localizam na cromatina "aberta" podem ser ativados.

As HDACs removem modificações químicas conhecidas como grupos acetil das histonas, resultando em um ambiente de cromatina compacto e repressivo. Estudos anteriores haviam sugerido um possível papel para a acetilação das histonas na regulação do desenvolvimento epidérmico, mas suas funções exatas não estavam claras.

O autor do estudo, Mateus LeBoeuf, removeu genes suprimidos por duas HDACs no ectoderma superficial embrionário de camundongos, e constatou que, na ausência de ambos HDAC1 e HDAC2, a epiderme não consegue diferenciar e os embriões morrem ao nascer.

"Essas enzimas desacetiladas, que normalmente agem para compactar a cromatina em determinadas regiões, são absolutamente essenciais para a pele se desenvolver", explicou Millar.

Quando os pesquisadores examinaram estes ratos mutantes, eles descobriram que, além de epiderme com defeito, os embriões não conseguiram desenvolver folículos pilosos, papilas da língua, pálpebras e dentes, defeitos que lembram da supressão de um outro gene, chamado p63. é um fator de transcrição, uma proteína que ativa ou reprime a expressão de outros genes. Neste caso, a p63 é uma espécie de regulador epidérmico mestre, sua função é assegurar a formação da epiderme. Quando os pesquisadores examinaram a expressão de alvos conhecidos de p63, eles descobriram que os genes que são ativados por p63 exibem expressão normal em embriões de HDAC mutante, enquanto que aqueles que são normalmente reprimidos pela p63 não. Eles também descobriram que HDACs associam-se com sequências de genes suprimidos pela p63, e são, de fato ativos.

Os pesquisadores explicam que os genes que normalmente são reprimidos por p63 agem suprimindo a divisão celular e induzindo o envelhecimento celular. Em organismos com HDAC mutante (assim como com p63 mutante), estas proteínas inibidoras da divisão celular se tornam ativas, sufocando o desenvolvimento epidérmico, encerrando a divisão e auto-renovação da camada de células progenitoras.

De acordo com Millar, estes resultados sugerem a possibilidade de que os inibidores de HDAC podem ser terapias úteis na luta contra o câncer de pele que são caracterizados pela presença de células indiferenciadas, como as células embrionárias.

A equipe de pesquisa alerta que mais estudos são necessários para comprovar a eficácia do método na inibição de tumores, o que não foi testado ainda nesse estudo.
"Este é mais um caminho futuro, algo que nossos resultados sugerem", afirmou Millar.



Fonte: Isaude.net

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