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Você está localizado em: Home » Notícias » Estudo publicado no The New England Journal of Medicine aponta boas perspectivas para tratamento.
02/09/15
De acordo com a publicação, 65% dos pacientes que apresentaram melhora com daratumumabe permaneceram sem sinais da doença por 12 meses
Um estudo clínico publicado na revista científica The New England Journal of Medicine apresentou bons resultados para o tratamento de mieloma múltiplo, um tipo de câncer do sangue ainda sem cura. O medicamento daratumumabe, um anticorpo monoclonal produzido pela Janssen, é indicado para tratar pacientes que tiveram recaída ou não responderam bem a pelo menos dois tipos de tratamentos anteriores, entre eles quimioterapia e transplante de células tronco.
De acordo com o estudo, o novo medicamento teve uma taxa positiva de resposta (ORR) de 36% em pacientes tratados com doses de 16mg/kg, com melhora progressiva da resposta ao longo do tempo. Os pacientes que participaram do estudo tinham passado por uma média de quatro outros tipos de tratamento, 64% se mostraram refratários (não responderam) as terapias mais tradicionais, 79% eram refratários à última terapia usada e 76% dos pacientes já tinham recebido transplante de células tronco.
"O que é impressionante sobre este estudo é que daratumumabe usado como única terapia teve respostas duráveis que melhoraram a progressão da doença ao longo do tempo e 65% dos pacientes que respondem permaneceram em remissão por 12 meses", diz o principal autor do estudo Henk M. Lokhorst, MD, Ph.D. do Departamento de Hematologia da VU University Medical Center, em Amsterdã, Holanda. "Estes resultados mostram o potencial de daratumumabe como uma opção para pacientes com mieloma múltiplo que já não respondem às terapias existentes."
O daratumumabe recebeu a designação "Breakthrough Therapy" por parte do FDA (Food and Drug Administration, dos Estados Unidos) para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo que tenham recebido pelo menos três linhas anteriores de tratamento. Este termo é utilizado pelo FDA para terapias inovadoras, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento e revisão de medicamentos para doenças graves ou que signifiquem risco de vida para os pacientes.
No Brasil o medicamento ainda não está aprovado para comercialização no Brasil, mas será submetido em breve para aprovação pela Anvisa (Agência Nacional e Vigilância Sanitária).
Sobre o mieloma múltiplo
O mieloma múltiplo é um câncer incurável do sangue que começa na medula óssea e é caracterizado pelo excesso de proliferação dos plasmócitos.1 O mieloma múltiplo é o terceiro câncer mais comum do sangue nos Estados Unidos, após a leucemia e linfoma.3 Cerca de 26.850 novos pacientes serão diagnosticados com mieloma múltiplo e cerca de 11.240 pessoas morrerão em decorrência da doença nos EUA em 2015.4 Em termos globais, estima-se que 114.251 pessoas serão diagnosticadas e 80.019 morrerão da doença.5,6 Enquanto alguns pacientes com mieloma múltiplo não apresentam sintoma algum, a maioria dos pacientes são diagnosticados devido aos sintomas, que podem incluir problemas ósseos, baixa contagem de células sanguíneas, elevação de cálcio, problemas renais ou infecções.7
Sobre o Daratumumabe
O daratumumabe é um anticorpo IgG1? humano monoclonal (mAb) em estudo que se liga com alta afinidade à ectoenzima transmembrana, CD38, na superfície de células de mieloma múltiplo. Ele induz a morte celular rápida do tumor através de diversos mecanismos de ação8. Cinco estudos clínicos Fase 3 com daratumumabe para primeira linha de tratamento e para recidivasestão atualmente em curso. Estudos adicionais estão em andamento ou foram planejados para avaliar o seu potencial em outras doenças malignas e pré-malignas nas quais o CD38 é expresso, como mieloma latente e linfoma não-Hodgkin.
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