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Você está localizado em: Home » Notícias » Fertilidade após cura de câncer na infância pode ser uma realidade
30/09/13
Assim como muitos adultos que sobreviveram ao câncer durante a infância, Karen Cormier, 39, sempre presumiu que nunca poderia ficar grávida. Ela desenvolveu uma forma rara de tumor no rim quando tinha 5 anos. A quimioterapia ajudou a curá-la, mas seus médicos avisaram que os tratamentos danificariam seu órgãos reprodutivos e ela provavelmente seria infértil.
Karen, que mora em Mendon, em Massachusetts, nos EUA, foi a um especialista em fertilidade quando ela e o marido estavam prontos para formar uma família, mas, sem sucesso, eles adotaram Luke, 5, em 2008. Então, três anos mais tarde, o impensável aconteceu: Karen descobriu que estava grávida e, há 16 meses, deu à luz a Ryan. "Ele é um milagre biológico”.
Processo. Para crianças com câncer, a quimioterapia e a radioterapia são facas de dois gumes. Muitas das que sobrevivem à doença enfrentam dificuldades para engravidar na idade adulta. A infertilidade clínica é especialmente comum entre adultas que tenham recebido radiação pélvica e uma classe de medicamentos quimioterápicos conhecida como agentes alquilantes.
Mas, no mês passado, um grande estudo realizado pela "The Lancet Oncology” revelou que cerca de dois terços das sobreviventes que buscaram tratamentos de fertilidade na idade adulta conseguiram engravidar – um nível de sucesso comparável ao de outras mulheres inférteis.
Outros estudos recentes revelam que homens que tiveram contagens de espermatozoides baixas como resultado do tratamento pediátrico podem passar por procedimentos de coleta de espermatozoides viáveis, permitindo que tenham filhos.
Para que o tratamento de fertilidade seja bem sucedido, o tempo é essencial. Normalmente, mulheres com menos de 35 anos, por exemplo, são encorajadas a tentar engravidar por ao menos um ano antes de buscar um especialista em fertilidade.
Tradicionalmente, a discussão sobre fertilidade envolve descobrir a quais terapias contra o câncer os pacientes foram submetidos e qual é sua situação hormonal. Contudo, o novo objetivo no campo da fertilidade após o câncer, ou oncofertilidade, é ser o mais proativo possível, afirmou a dra. Teresa K. Woodruff, chefe da divisão de preservação da fertilidade na Faculdade de Medicina Feinbert, na Universidade Northwestern.
Fonte: O tempo
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