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Instituto do Câncer de SP se oferece para testar substância

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O Instituto do Câncer em São Paulo ofereceu um aparato para testar clinicamente a substância fosfoetanolamina, distribuída na Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos por supostamente ser capaz de curar o câncer.

A informação é do presidente eleito da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Gustavo Fernando, que se reuniu nesta terça com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, que concedeu uma liminar (decisão provisória) que liberou a entrega das cápsulas a um paciente do Rio de Janeiro.

Segundo Fernandes, o professor Titular de Oncologia e Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Paulo Hoff, enviou um e-mail há cerca de três semanas oferecendo aos pesquisadores da USP um estudo. O coordenador da pesquisa foi Gilberto Chierice, professor aposentado que comandou pesquisas com a fosfoetanolamina sintética. Fernandes afirmou que não houve resposta.

Distribuída pela USP de São Carlos com amparo de decisões judiciais, a fosfoetanolamina vem causando polêmica. A cápsula é alardeada como cura para diversos tipos de câncer, mas ainda não passou por testes em humanos necessários para testar sua eficácia e por isso não é considerada um remédio.

A cápsula não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos. "Ela (fosfoetanolamina) está sendo testada da maneira errada, mas merece o teste. (...)O Instituto do Câncer de São Paulo tem um aparato inteiro para fazer e até agora não se teve resposta", afirmou o presidente da entidade.

"Vai ter um estudo clínico e quem quiser começar a usar o medicamento vem aqui e vai ver se consegue usar no estudo clínico ou não. Alguns meses, anos depois, se terá resposta inicial de segurança, que é a maior preocupação", completou.

O presidente eleito da Sociedade de Oncologia afirmou que vai propor que a Anvisa coordene um amplo debate para discutir como tratar a substância. A ideia é que várias entidades científicas e médicas se reúnam e possam buscar um entendimento, tratando da questão em um documento.

Fernandes disse que o ministro Luiz Edson Fachin apontou que o debate em busca de um entendimento sobre as cápsulas deve ser direcionado pelas entidades e não pelo Supremo.

A equipe do professor Gilberto Chierice, autor da fórmula da fosfoetanolamina sintética, tem se reunido com representantes da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) ? que se dispôs a sintetizar a substância para a realização dos testes faltantes ?, mas novamente o acordo esbarra na burocracia.
?Para ministrar o composto em humanos, é necessário que ele tenha sido produzido por um laboratório acreditado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O problema é que o nosso laboratório não é, e o da Universidade de São Paulo (USP) também não?, lamenta Sérgio de Angelis, diretor geral da FAG.

Há duas possibilidades para que a fofoetanolamina ? ou fosfoamina ? siga em frente rumo à regulamentação. Ou a FAG adapta seus laboratórios às exigências da Anvisa, ou eles recorrem a um segundo laboratório que já tenha a acreditação. ?As adequações de equipamento, de pessoal e até de estrutura física levariam de seis meses a um ano. Já a produção em um laboratório acreditado terá um custo que ainda não sabemos calcular. Teríamos que correr atrás de recursos para cobrir esses custos?, diz o diretor. Todas as reuniões agora giram em torno da decisão de qual caminho tomar.

Patente. Segundo o professor de Angelis, a contratação de um laboratório particular tem um entrave: a cessão da patente da fosfoamina. ?Os laboratórios querem participação, e o doutor Gilberto (Chierice) não abre mão de ter domínio total da patente. Ele ele quer que, em um futuro próximo, isso seja aberto para domínio público para que seja produzido pelo Governo e distribuído pelo Sistema Único de Saúde", explica. Abrindo mão da patente, o professor Chierice corre dois riscos: de o projeto ser engavetado, e o medicamento nunca chegar a ser registrado, ou de ele chegar para o consumidor final a um preço altíssimo.

O Tempo

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