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Maior exposição à luz solar influi em alta incidência de câncer de pele

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03/04/2018

 

Uma maior exposição à luz solar influi para que o câncer de pele mate uma pessoa cada 52 minutos no mundo, afirmou nesta segunda-feira o dermatologista Rodrigo Roldán Marín, responsável da Clínica de Oncodermatología da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).

O especialista explicou que todos nós somos suscetíveis a sofrer desta doença. "Devemos deixar de acreditar que é um assunto exclusivo de indivíduos loiros de olhos azuis. Afeta pessoas morenas e negras e, apesar disso, pouco se sabe a respeito”, afirmou em comunicado.

Segundo Marín, a cada ano são registrados mais casos de câncer de pele do que de mama, próstata, pulmão e cólon juntos, e isso é influencia de uma mudança cultural.

"Hoje temos práticas não usuais em séculos passados que nos expõem a um dos carcinógenos ambientais mais importantes: a luz solar”, disse.

O especialista afirmou que atualmente as pessoas se expõem mais ao sol, com menos roupa, sem protetor solar e cada vez mais cedo.

No México, disse, são detectados novos casos de câncer de pele a cada ano; no entanto, há uma falta de cultura de prevenção e isso ocorre porque a doença é minimizada.

"O sol provoca danos progressivos e acumulados e os raios recebidos hoje terão repercussões dois, três ou quatro décadas depois, por isso deveríamos promover hábitos de proteção entre as crianças e ensiná-las a usar filtro solar”.

Marín detalhou que é preciso levar em conta que o carcinoma basocelular é o câncer mais comum entre os humanos, que um a cada cinco o desenvolverá, "e se a isto acrescentarmos que a pele é o nosso maior órgão, é inexplicável não darmos o cuidado suficiente”.

O especialista disse que ainda é preciso pesquisar muito a respeito, pois embora se saiba muito bem as caraterísticas do câncer de pele nas pessoas brancas, falta se afundar no que acontece com outras caraterísticas.

"Por exemplo, a Austrália é o país com maior incidência de melanoma por estar na região geográfica mais exposta ao sol; por isso, um australiano pode gerar entre três e quatro melanomas em sua vida e sobreviver”, apontou.

No entanto, Marín detalhou que, se um mexicano desenvolver um melanoma, é muito provável que morra devido a isso.

"Isso tem a ver com a genética e, embora não saibamos bem por que, tudo indica que a pele mais escura, embora mais protegida, desenvolve o câncer em variantes mais agressivas quando o contrai”.

O especialista afirmou que os médicos gerais deveriam ser instruídos a usar o dermatoscópio, uma espécie de microscópio de bolso, a fim de detectar oportunamente esta doença.

"Isso não só aumentaria de maneira significativa a certeza diagnóstica das variantes de câncer de pele (como melanoma, carcinomas basocelulares ou epidermoide), mas melhoraria nosso sistema de referência e contrarreferência ao permitir detectar tumores em períodos prematuros”, concluiu.

Fonte: Brasil EFESaúde

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