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Mais de 12 mil casos de câncer infantil são registrados por ano

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06/07/16

Ao contrário do que ocorre entre adultos, o câncer infantil não costuma receber muita atenção. Devido ao baixo registro, muitas vezes a doença é ignorada no exame médico ? seus sintomas são confundidos com fraturas ou enfermidades comuns. Por isso, trata-se de uma das principais causas de morte em países desenvolvimentos e no Brasil. Se o diagnóstico for precoce, as chances de cura são altas. No entanto, em diversos locais do país, falta a infraestrutura necessária para a análise do paciente, além de centros de pesquisa especializados. Um deles é o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac), em São Paulo. Em entrevista ao GLOBO, o diretor técnico da instituição, Sérgio Petrilli, comenta as dificuldades enfrentadas para a detecção do câncer.

O câncer infantil é uma doença comum?

Não, é rara. Estima-se que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer em crianças e adolescentes no Brasil por ano em 2016 e em 2017. O progresso no tratamento foi significativo nas últimas décadas. Hoje, em centros de excelência, até 70% dos pacientes podem ser curados, quando há diagnóstico precoce.

Fora destes centros, no entanto, o índice de cura cai para 48%. O que pode ser feito?

Isso acontece devido à falta de infraestrutura de diversas instituições. Faltam equipamentos como o de tomografia computadorizada, o que faz muita falta, porque o tumor cerebral é comum entre crianças. Diversos sintomas do câncer podem ser ignorados. Damos assessoria a localidades no Norte e Nordeste, onde este problema é mais grave.

Quais são os principais tipos de câncer?

Entre os que atendemos em 2015, foram os tumores do sistema nervoso central, leucemias e retinoblastoma (câncer ocular que atinge as células da retina). Entre os mais raros estão carcinomas e tumores hepáticos.

É mais fácil combater o câncer infantil nas crianças?

Sim, caso haja diagnóstico precoce. Nelas, as células cancerígenas se dividem em uma velocidade muito grande, que pode dobrar a cada 48 horas. A quimioterapia, porém, é mais potente.

Por que o diagnóstico do câncer entre as crianças pode ser demorado?

Um motivo é o fator ambiental. No adulto, a incidência de câncer é maior a partir dos 50 anos. Então, ele desenvolve por década sinais que podem acarretar em uma doença no futuro. Se pegou muito sol, tem câncer de pele. Se fumou a vida inteira, de pulmão. Se foi alcoólatra, de boca. Não existe este histórico na criança, onde o câncer se manifesta principalmente a partir dos 7 ou 8 anos.

É comum que o câncer seja confundido com outras doenças?

Sim. Há casos em que uma criança pálida com manchas rosas na pele é diagnosticada como anêmica, ou que trata-se de um sinal de pancada, mas na verdade é uma leucemia. O ortopedista, então, põe um gesso, enquanto o tumor cresce debaixo dele. Já um adbômen proeminente, às vezes tratado como uma parasitose intestinal, pode ser sinal de um tumor. O pediatra não percebe e dá um remédio para combater um verme. O desconhecimento da doença provoca um grande percentual de mortes.

Como é o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac)?

Somos uma referência no tratamento e pesquisa do câncer infantil na América Latina, principalmente em casos de alta complexidade. Nosso trabalho está completando 25 anos e, neste período, conseguimos um hospital próprio, onde realizamos anualmente mais de 29 mil consultas, 1.600 procedimentos cirúrgicos, 16 mil sessões de quimioterpia e 5 mil sessões de radioterapia em parceria com a Universidade Federal de São Paulo.

Qual é a verba necessária para manter este atendimento?

O orçamento estimado para este ano é de R$ 97 milhões, o suficiente para atender mais de 3 mil crianças e adolescentes. Para ter este dinheiro, o hospital conta com contribuições de mais de 200 mil pessoas e instituições.

Fonte: O Extra

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