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21/06/2020
A Sociedade Americana de Câncer (ACS, na sigla em inglês) atualizou recentemente suas recomendações sobre dieta, exercício e estilo de vida para prevenir o surgimento de tumores. Entre as novidades, a entidade aumentou a quantidade ideal de atividade física para 300 minutos por semana e postulou que não há limite de segurança para o consumo de álcool.
A diretriz é feita por um comitê de pesquisadores e médicos voluntários ligados a instituições de peso, que revisam as evidências mais recentes e robustas sobre o tema.
A edição anterior do guia da ACS pregava ao menos 150 minutos semanais de exercícios moderados ou 75 minutos em um ritmo intenso. Essa segue como a meta mínima, mas a nova versão do documento postula que a quantidade que realmente reduz o risco de um câncer é de 300 minutos de esforço físico moderado, ou 150 minutos em intensidade vigorosa. E superar esse sarrafo pode trazer benefícios adicionais.
Já o comportamento sedentário — ficar sentado por longos períodos de tempo – deve ser limitado, independentemente a pessoa ir para a academia ou não em outros momentos do dia.
A melhor dieta para prevenir o câncer
Cada tumor tem suas particularidades, mas boa parte sofre influência do que colocamos no prato. Por isso, a ASC refinou suas orientações sobre alimentação.
Há maior foco no consumo de alimentos in natura e na quantidade adequada para manter o peso saudável. Sim, a obesidade é cada vez mais associada a essa doença.
Vegetais coloridos (em especial os verde-escuros, vermelhos e laranjas), leguminosas, frutas e grãos integrais ganharam destaque especial no documento. Por outro lado, o cardápio ideal deve limitar bastante o consumo de carnes processadas e vermelhas, bebidas açucaradas e produtos ultraprocessados.
Em resumo, a proposta é manter uma dieta equilibrada e colorida, sem modismos em cima de um determinado nutriente ou comida. O padrão saudável é vinculado especialmente à redução na probabilidade de ser diagnosticado com câncer colorretal e nas mamas.
O cerco à ingestão de álcool
Os drinques devem ser escassos para minar o perigo de um câncer surgir. Antes, a entidade pedia para não extrapolar uma dose por dia para as mulheres e duas para os homens. Já a mensagem atual é: não há limite seguro. O mais pertinente seria não beber.
Agora, caso o indivíduo escolha tomar algo, deve respeitar o limiar estabelecido anteriormente. No texto, a ASC reforça que cerveja, uísque e afins são o terceiro maior fator de risco modificável para o câncer, atrás apenas do tabaco e do excesso de peso. A bebida está ligada a ao menos sete tipos de tumores.
Ações governamentais, privadas e comunitárias
Por fim, os autores pontuam que não basta a força de vontade individual para diminuir os novos casos de câncer. Cabe a entidades públicas e privadas e organizações da sociedade civil se articularem em nome de políticas eficazes de acesso à alimentação saudável, promoção de locais e oportunidades para prática de exercícios e coibição do consumo de álcool.
Fonte: Veja
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