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17/10/2018
O mioma no útero é uma queixa muito comum nos consultórios, especialmente entre mulheres de 30 e 50 anos. Geralmente, o sinal de alerta vem com o sangramento exagerado durante a menstruação ou até mesmo fora do período menstrual.
Se o útero estiver comprometido pelos miomas, muitas vezes o mais indicado é retirar o órgão todo. Nos casos menos graves, existem outras opções – medicamentos, cirurgia ou embolização.
O Bem Estar desta terça-feira (16) falou sobre o assunto com o oncologista Fernando Maluf e a ginecologista Ana Lucia Beltrame.
O que é a embolização?
O objetivo é bem simples: cortar o fornecimento de sangue que alimenta o mioma. É como se, num jardim, você parasse de regar as plantas, elas secam e morrem. Com a ajuda de cateteres, os médicos acessam o útero e injetam partículas de gelatina acrílica. Elas vão impedir a passagem de sangue nos vasos dentro do mioma.
O procedimento costuma durar no máximo 1h30 e tem vantagens. Uma delas é o tempo de recuperação. Em até dois dias a pessoa já pode voltar para as atividades normais.
Tipos e tratamentos
O mioma no útero é o tumor benigno mais frequente nas mulheres. Ele pode aparecer em diferentes locais e ter vários tamanhos. Ele pode aparecer dentro da cavidade do útero, na parede do útero ou fora do útero.
O tratamento vai depender do desejo reprodutivo, do local, do tamanho e se há ou não sintomas. Nem todos os miomas devem ser retirados e também não são todos que apresentam sintomas.
Sintomas
Mioma e anticoncepcional
Alguns anticoncepcionais podem causar o crescimento do mioma. Por isso, é importante consultar um especialista antes de tomar. O anticoncepcional é indicado para mulheres que têm muito sangramento por causa do mioma, mas não quer fazer cirurgia. A pílula age bloqueando a menstruação. O uso do DIU de progesterona também é indicado nestes casos.
Mioma e câncer no ovário
Um dos sintomas do mioma é o inchaço na barriga – mesmo sinal que pode indicar câncer no ovário. Entretanto, o oncologista explica que eles não têm relação e são problemas completamente diferentes.
O câncer de ovário não tem sintomas na fase inicial. Eles só aparecem quando a doença está em estágio avançado. Entre eles estão:
Em estágios muito avançados, pode haver também:
Esse é o câncer ginecológico mais letal, embora seja menos frequente que o câncer de colo de útero e de mama. O mais importante, nestes casos, é o histórico da mulher. Entre os tratamentos do câncer de ovário estão a cirurgia e a quimioterapia.
Fatores de risco: sobrepeso, diabetes, sedentarismo, exposição prolongada ao estrogênio, dieta rica em carboidrato e gordura, histórico familiar e endometriose.
Câncer de ovário e endometriose
Os casos mais graves de endometriose são um fator de risco para o câncer de ovário porque a proliferação das células benignas pode aumentar o risco de mutações, que dão origem a um tumor. Por isso, a cirurgia para a retirada das células do endométrio pode diminuir o risco de câncer.
Fonte: G1
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