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29/05/12
Mulheres que trabalham em turnos noturnos são 40% mais propensas a desenvolver câncer de mama, de acordo com uma pesquisa publicada no jornal Occupational and Environmental Medicine.
Os resultados mostraram que entre aquelas que trabalhavam mais de duas vezes na semana no período noturno o risco foi ainda maior, chegando a 50%.
Pesquisas anteriores mostraram que o trabalho noturno perturba o relógio do corpo e age como um fator cancerígeno.
Para o trabalho, a equipe recrutou 210 mulheres com idade entre 44 e 83 anos de idade que trabalharam para o exército dinamarquês entre 1964 e 1999 e que desenvolveram câncer de mama entre 1990 e 2003 e ainda estavam vivas em 2005 e 2006.
As mulheres foram comparadas com 899 mulheres da mesma idade que também trabalharam para o exército, mas que não desenvolveram câncer de mama.
Um total de 141 mulheres com câncer de mama e 551 sem a doença foram convidadas a preencher um questionário de 28 páginas, que incluiu questões relacionadas a seus trabalhos e regimes de trabalho, além de questões de estilo de vida com relação à sua história reprodutiva, uso de anticoncepcionais, reposição hormonal e frequencia de exposição ao sol.
Os resultados demonstraram que, em geral, aquelas que trabalhavam em turnos noturnos apresentaram um risco 40% maior de câncer de mama em comparação com mulheres que não trabalhavam em períodos noturnos.
Segundo Johnni Hansen e seus colegas da Danish Cancer Society, na Dinamarca, o risco foi ainda maior, ou seja, 50%, em mulheres que trabalharam um mínimo de três noites por semana por um período mínimo de seis anos.
A equipe descobriu que o mínimo de dois turnos noturnos por semana não influenciou o risco de desenvolver câncer de mama, pois pode não ser o suficiente para interromper o relógio biológico do corpo, enquanto turnos noturnos frequentes ao longo de um período de vários anos podem perturbar o ciclo circadiano e os padrões de sono normais, além de comprometer a produção de melatonina, hormônio protetor contra o câncer.
Fonte: Isaude.net
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