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06/11/2018
Novas estratégias de tratamento para o Linfoma de Células do Manto, um tipo de Linfoma não Hodgkin, foram apresentadas no Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, em São Paulo.
O hematologista, Marcelo Belesso, coordenador do Departamento de Linfomas Não Hodgkin do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, maior centro privado ambulatorial de atendimento ao câncer no país, proferiu palestra para médicos intitulada “Novas perspectivas no tratamento de pacientes com linfoma de células do manto. Linfoma de Células do Manto Recidiva /refratário: Acalabrutinib – um novo inibidor seletivo de segunda geração da BTK.”
Na apresentação, Marcelo Bellesso falou sobre o tratamento do Linfoma de Células do Manto e a pesquisa clínica que oHemomed participa, tratando pacientes com uma nova droga chamada Acalabrutinib (combinada com Bendamustina e Rituximab). O Acalabrutinib age na doença inibindo a BrutonKinase (BTK), uma enzima que propicia sobrevivência e proliferação do tumor.
“No Brasil, a droga ainda está em caráter de pesquisa clínica e não está sendo comercializado. Trata-se de um medicamento mais seletivo e com perspectivas de menor risco de efeitos colaterais”, explica Marcelo Bellesso.
Já em pesquisa com células manto, a taxa de resposta geral foi de 81% de sobrevida livre de progressão, sendo que em 41% dos casos as doenças desapareceram e em 40%dos casos a doença regrediu em mais da metade dos casos.
O que é Linfoma não-Hodgkin de células manto
Linfomas são neoplasias malignas (crescimento tumoral das células) que se originam nos linfonodos (gânglios), muito importantes no combate às infecções. Os linfomas não-Hodgkin incluem todos os tipos de linfomas existentes, excetos o linfoma de Hodgkin. A diferença entre esses dois tipos são somente histológicas, ou seja, definidas pelo patologista de acordo com aspectos da neoplasia na biópsia.
O linfoma da célula do manto é um tipo de linforma não-Hodgkin e representa 6% dos casos de Linfoma não-Hodgkin no Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia e cerca de 4% a 7 % no mundo. Geralmente acomete pacientes idosos, do sexo masculino, na sétima década da vida.
Segundo o hematologista do Hemomed, Marcelo Belesso, trata-se de uma doença bem cruel, agressiva e caracterizada por recidivas. “Não podemos falar em cura nesses casos. A melhor estratégia é o controle permanente e o acompanhamento. E o ideal do tratamento é alcançar uma sobrevida livre de progressão”, explica.
Com as novas estratégias de tratamento medicamentoso, que deverá estar no mercado em 2 anos, Belesso está otimista em relação aos resultados. “Temos indicadores de que a sobrevida livre de progressão da doença alcançou 67% dos pacientes em 12 meses”, revela.
Fonte: EXAME
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