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Pesquisadores da Mayo Clinic comprovam que biópsias não promovem disseminação do câncer

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12/01/15

Um estudo realizado por pesquisadores da Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, com mais de 2.000 pacientes, dissipou o mito de que biópsias causam a disseminação do câncer. Na edição online do jornal Gut, de 9 de janeiro, os pesquisadores mostraram que os pacientes submetidos a biópsias obtiveram melhores resultados e sobreviveram mais tempo do que aqueles que não foram submetidos ao procedimento.

Os pesquisadores estudaram o câncer de pâncreas, porém a descoberta provavelmente se aplica em outros tipos de câncer, devido à técnica de diagnóstico usada nesse estudo ? a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) ? que é comumente usada em todos os tipos de tumor, diz o pesquisador sênior do estudo, o gastrenterologista e professor de medicina Michael Wallace.

A punção aspirativa por agulha fina é uma técnica minimamente invasiva, em que o médico usa uma agulha fina e oca para extrair algumas células da massa do tumor. Uma crença comum entre muitos pacientes e até mesmo alguns médicos é a de que a biópsia pode causar a disseminação de algumas células cancerosas.

Apesar de haver alguns poucos casos sugerindo que isso pode acontecer, embora muito raramente, não há motivo para os pacientes se preocuparem com biópsias, diz Wallace.

"O estudo comprova que médicos e pacientes devem ficar tranquilos sobre isso, porque a biópsia é um procedimento muito seguro", ele diz. ?Fazemos milhões de biópsias todos os anos nos Estados Unidos, mas um ou dois estudos criaram esse mito de que as biópsias disseminam o câncer?, explica.

As biopsias oferecem ?informações muito valiosas, que permitem aos médicos individualizar o tratamento. Em alguns casos, se pode fazer quimioterapia e radioterapia antes da cirurgia, para se assegurar melhores resultados e, em outros casos, se pode evitar tanto a cirurgia quanto outras terapias?, diz Wallace.

A cirurgia do câncer de pâncreas é ?um procedimento muito grande? e ?a maioria dos pacientes quer se certificar de que realmente tem câncer antes de se submeter a ela?, diz o médico. Um estudo revelou que 9% dos pacientes, que se submeteram à cirurgia porque havia a suspeita de câncer de pâncreas, na verdade tinham uma doença benigna.

Wallace e sua equipe realizaram dois estudos separados para examinar o risco das biópsias.

Em um estudo de 2013, publicado no jornal Endoscopy, os pesquisadores examinaram os resultados em 256 pacientes de câncer do pâncreas, em tratamento na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida. Eles não encontraram diferença em recorrência do câncer entre 208 pacientes que foram submetidos à punção aspirativa por agulha fina guiada por ultrassom (EUS-FNA ? ultrasound-guided fine needle aspiration) e 48 pacientes que não foram submetidos ao procedimento.

No estudo atual, os pesquisadores examinaram 11 anos (de 1998 a 2009) de dados do Medicare (seguro-saúde governamental para aposentados nos EUA) sobre pacientes com câncer de pâncreas metastático, que se submeteram à cirurgia. Os pesquisadores examinaram a sobrevivência geral e a sobrevivência relacionada especificamente ao câncer de pâncreas, em 498 pacientes submetidos à punção aspirativa por agulha fina guiada por ultrassom e em 1.536 pacientes que não foram submetidos à biópsia.

Depois de um período de acompanhamento de 21 meses, em média, morreram 285 pacientes (57%) do grupo submetido à punção aspirativa por agulha fina guiada por ultrassom e 1.167 pacientes (76%) do grupo não submetido ao procedimento. O câncer de pâncreas foi identificado como a causa de morte de 251 pacientes (50%) do grupo submetido à punção aspirativa por agulha fina guiada por ultrassom e de 980 pacientes (64%) do outro grupo.

A média de sobrevivência geral do grupo submetido à punção aspirativa por agulha fina guiada por ultrassom foi de 22 meses, enquanto a do grupo não submetido à biópsia foi de 15 meses.

?As biopsias são incrivelmente valiosas. Elas nos permitem praticar a medicina individualizada ? isto é, administrar um tratamento feito sob medida para cada paciente e projetado para oferecer o melhor resultado possível?, afirma Wallace.

Segs

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