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Pesquisadores relatam pela primeira vez como ocorre metástase no câncer de mama

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16/12/16

Um dos casos mais recentes que a médica mastologista Maira Caleffi atendeu em um hospital de Porto Alegre foi o de uma mulher que, 19 anos depois de tratar um câncer de mama em estágio inicial, foi diagnosticada com câncer na pleura e no pulmão, originados de células cancerígenas da mama - tratavam-se de metástases surgidas quase duas décadas após o tumor primário. Situações como esta, descrita pela presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) eram um mistério para os médicos até agora, mas dois estudos publicados na revista "Nature" esta semana começam a solucionar o enigma.

As pesquisas descrevem quais são os mecanismos usados por células tumorais da mama para se disseminarem em outros órgãos, ainda que elas estejam em uma fase muito inicial do câncer, como no carcinoma ductal in situ. Por muito tempo, chegou-se a pensar que este tipo de câncer nem conseguiria causar metástases. Hoje já se sabe que, em 5% das vezes, a paciente desenvolve metástase até mesmo antes de o câncer na própria mama se formar, de tão cedo que as células cancerígenas podem migrar.

Quando isso acontece, essas células se desgarram da mama pela corrente sanguínea e podem ficar "adormecidas? por um longo período em outro órgão, explicam os pesquisadores da Escola de Medicina Icahn, no Monte Sinai, e da Universidade de Ratisbona, na Alemanha, que lideraram os estudos. As células podem, então, ser "acordadas? anos mais tarde, como se um botão de crescimento fosse pressionado.

Os pesquisadores descobriram que a disseminação precoce de células cancerígenas a partir da mama é uma extensão do processo normal de ramificação dos ductos do leite materno. E o hormônio progesterona tem um papel importante no desencadeamento dessa migração.

A revelação sobre como esse processo acontece abre caminho para a criação de novas terapias que possam "desarmar? esse mecanismo, impedindo a formação de metástases ou tratando-as de forma mais precisa.

- Biologicamente, este novo modelo para a metástase precoce desafia tudo o que pensávamos saber sobre como o câncer se espalha - afirma um dos autores, Julio Aguirre-Ghiso, professor de Hematologia e Oncologia Médica da Escola de Medicina Icahn.

80% DAS METÁSTASES SÃO EM FASE INICIAL

Os pesquisadores mostram, ainda, que as células que migram precocemente têm mais potencial para formar metástases do que aquelas que saíram de tumores avançados. Pelo menos 80% das metástases, segundo os estudos, foram derivadas de cânceres de mama em fase inicial.

- Embora nossos resultados adicionem um novo nível de complexidade à compreensão do câncer, eles também adicionam energia aos nossos esforços para finalmente resolver o grande problema dessa doença: parar a metástase - diz Aguirre-Ghiso.

Para a presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Maira Caleffi, que abriu esta reportagem, as descobertas são excelente notícia.

- Esses estudos são um grande passo rumo ao entendimento completo das metástases e ajudam a explicar por que elas, em alguns casos, ainda que poucos, surgem tanto tempo depois - diz Maira.

Fonte: Extra

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