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17/01/2018
Diagnosticada com Linfoma de Hodgkin em 2013, engenheira em tratamento no IBCC cuida da saúde mental para superar doença.
Os dias nem sempre são divididos entre bons ou ruins, mas há momentos em que as questões emocionais superam qualquer dor física que a doença traz consigo. Mesmo assim, o dia a dia de tratamento da paciente Amanda Vieira Santos, de 28 anos, no IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer), tem sido positivo também pela motivação emocional da engenheira de produção que passou recentemente pelo segundo transplante de medula óssea, que teve a irmã como doadora.
Amanda está em tratamento desde 2014 após ter sido diagnosticada com Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que tem origem no sistema linfático e que é responsável pelo transporte de linfócitos (glóbulos brancos), entre outras substâncias, para todas as partes do corpo. Ela relata que ao descobrir a doença em 2013 teve que procurar "um algo a mais” para driblar os problemas. "Ou eu chorava o dia inteiro ou dava um jeito de fazer alguma coisa diferente. Comecei a trabalhar com gente, ver pessoas o dia inteiro e me sentir motivada também nas histórias de cada um”, conta a engenheira que também passou a ser consultora de produtos de beleza.
Campanha
No mês conhecido como Janeiro Branco, que se propõe a divulgar e discutir o tema da saúde emocional, o convite proposto pela campanha é de busca pelo autoconhecimento, através de reflexões, sensibilizando as pessoas a pensarem sobre suas vidas, o sentido e o propósito, a qualidade dos seus relacionamentos e o quanto elas conhecem sobre si mesmas, suas emoções e pensamentos. Amanda revela realizar isso rotineiramente, pois sempre procura conversar com as pessoas próximas, externar os problemas, ver o lado positivo das situações: "Aproveito agora para fazer tudo aquilo que queria e não tinha tempo. Desenho, estudo, escrevo coisas no meu diário e no facebook. Não podemos nos entregar a doença e acredito que ter pensamentos positivos contribui em muito para o sucesso no meu tratamento”, destaca.
Motivações
Em 2015, Amanda Vieira Santos realizou um grande sonho. Como adora dançar, tinha o desejo de participar de um desfile de escola de samba no carnaval de São Paulo. Após ser aprovada nos testes, foi uma das integrantes da comissão de frente da Nenê de Vila Matilde e obteve as quatro notas 10 pela apresentação. "Tinha um sonho e achava que não teria tempo de realizá-lo”, lembra. Na quarta-feira de cinzas daquele ano, após ter se sentido mal, veio a melhor notícia de sua vida, estava grávida de um mês. "Hoje meu filho é a maior motivação para seguir em frente”, salienta.
No IBCC, o tratamento de Amanda começou em 2016. Em abril fez o transplante autólogo, técnica em que são utilizadas células da própria paciente. Como não teve a "pega da medula”, no mês passado foi realizado o transplante alogênico, em que a irmã foi a doadora. Do ponto de vista médico a paciente está bem e aguarda a "pega”, que é quando a fabricação de células produzidas pela medula é normalizada
Fonte: Segs
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