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Sementes de ouro identificam tumor em pacientes com câncer de fígado

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28/02/2011

Sementes minúsculas de ouro localizam tumor em pacientes com câncer de fígado. Abordagem, desenvolvida no Erasmus Medical Center, na Holanda, pode beneficiar doentes tornando o tratamento com radioterapia mais preciso e eficaz.

Resultados de estudo mostram que a terapia de radiação de precisão pode funcionar bem para alguns pacientes com câncer de fígado, enquanto a terapia de radiação ainda não é prática comum para esta doença.

"A radiação de um tumor no fígado é difícil. A área submetida à radiação deve ser a menor possível para evitar que o fígado morra. Se a área de radiação é muito pequena ou a dose de radiação muito baixa, o tumor reaparece. Além disso, os movimentos do fígado dificultam a radiação de alcançar seu alvo", explicou o pesquisador Wouter Wunderink. "É importante saber a localização do tumor durante a terapia de radiação, mas o problema é que o tumor não aparece nos raios-X do equipamento de radioterapia."

As sementes minúsculas do ouro podem, no entanto, identificar o local exato do tumor.


Como funciona

Não mais do que três sementes de ouro medindo cinco por um milímetro são injetadas perto do tumor. Enquanto o paciente se encontra no dispositivo de radiação, radioterapeutas irão monitorar a localização das sementes utilizando equipamentos de raios-X.

"As sementes podem ser vistas claramente, capacitando-nos para determinar onde o tumor deve estar. A terapia de radiação é, então, aplicada utilizando uma radiação de precisão de alta dose", disse Wunderink.

Atualmente a cirurgia oferece as melhores perspectivas, mas não é uma opção para a maioria dos pacientes, devido à difícil localização do tumor, por exemplo, perto do diafragma ou um grande vaso sanguíneo. Alguns desses pacientes são submetidos ao tratamento quimioterápico, no entanto, sofrem com muitos efeitos colaterais.

A radioterapia em combinação com as sementes de ouro provoca efeitos colaterais mínimos.

"Isto pode, portanto, melhorar significativamente a vida de alguns pacientes", afirma a pesquisadora Alejandra Mendez Romero.

Por sete anos, ela estudou 40 pacientes que tinham sido submetidos a terapia de radiação para metástases hepáticas resultantes de câncer colorretal.

Após dois anos, em 75% dos pacientes o tumor não aumentou. Eles viveram uma média de 34 meses em comparação com 24 meses para os pacientes que tinham sido submetidos à quimioterapia. Os pacientes que não receberam nenhum tratamento viveram apenas por alguns meses.

Segundo os pesquisadores, os resultados são tão promissores que há interesse internacional para adoção da abordagem em Roterdã. Os pacientes não podem se inscrever para tratamento. Uma equipe especial, composta por especialistas de diferentes disciplinas, determina se os pacientes são elegíveis para o tratamento ou se outro método de tratamento seria melhor.



Fonte: Isaude.net

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