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Sobrevivência após câncer de mama não depende do ‘gene Angelina Jolie’

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15/01/2018

 

A mutação do BRCA aumenta as chances de uma mulher desenvolver câncer de mama, mas após o diagnóstico da doença, sua ação não afeta as taxas de sobrevivência em relação às outras pacientes, revela estudo publicado nesta quinta-feira na revista "Lancet Oncology”. O BRCA ficou conhecido como "gene Angelina Jolie” após a atriz revelar que havia passado por uma cirurgia para remoção dos seios. Exames genéticos indicaram que ela tinha 87% de chances de desenvolver um tumor.

- Nosso estudo é o maior já realizado e nossos resultados sugerem que mulheres jovens com câncer de mama que têm uma mutação no BRCA têm a mesma sobrevivência das mulheres que não carregam a mutação após o tratamento - explica Diana Eccles, professora na Universidade de Southampton e autora principal do estudo.

Os pesquisadores acompanharam ao longo de dez anos 2.733 pacientes, entre 18 e 40 anos, que foram tratadas em 127 hospitais do Reino Unido entre 2000 e 2008, sendo que 12% possuíam a mutação no BRCA, e um terço destas passaram por dupla mastectomia após o diagnóstico. Ao longo do estudo, 651 pacientes morreram por causa da doença, e os dados revelam que a presença da mutação genética e a cirurgia de remoção dos dois seios não afetam as taxas de sobrevivência.

Dois anos após o tratamento, a taxa de sobrevivência das pacientes com a mutação foi de 97%, contra 96,6% das outras pacientes; cinco anos depois, as taxas foram de 83,8% e 85%; e, após dez anos, de 73,4% e 70,1%.

A mutação no BRCA faz com que o DNA pare de se reparar, aumentando os riscos para o desenvolvimento de câncer, principalmente nas mamas, nos ovários e na próstata. No Reino Unido, entre 45% e 90% das mulheres com mutação no BRCA desenvolvem câncer de mama durante a vida, contra apenas 12,5% das mulheres sem a mutação. Por esse motivo, é comum que vítimas do câncer de mama retirem o outro seio não afetado para evitar o reaparecimento da doença. Ou, como no caso de Angelina, retirem os seios antes do aparecimento de tumores.

- Mulheres diagnosticadas com câncer de mama que carregam a mutação no BRCA muitas vezes são aconselhadas a fazer a dupla mastectomia logo após o diagnóstico ou o tratamento quimioterápico - explicou Diana. - Entretanto, nossos resultados sugerem que a cirurgia não precisa ser realizada imediatamente.

Contudo, os pesquisadores ressaltam que o estudo acompanhou as pacientes pelo período de dez anos, portanto, os efeitos sobre prazos mais longos podem ser beneficiadas. Mesmo assim, a decisão sobre a retirada da mama não afetada pelo tumor não precisa ser imediata. Com os resultados, os pesquisadores recomendam que os médicos assegurem às pacientes que o atraso em um ou dois anos para a dupla mastectomia, para que elas se recuperem do tratamento inicial, não afeta as chances de sobrevivência.

- Em prazos mais longos, a cirurgia para redução de riscos deve ser discutida como uma opção para portadoras da mutação no BRCA, para minimizar o risco futuro de um novo câncer de mama ou no ovário - afirmou Diana. - Decisões sobre o tempo da cirurgia adicional para reduzir riscos de câncer no futuro devem levar em conta o prognóstico da paciente após o primeiro câncer e suas preferências pessoais.

Fonte: O Globo

 

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