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Você está localizado em: Home » Notícias » Tabagismo Aumenta o Risco de Diversos Tipos de Câncer, Revela Pesquisa
05/12/16
Pesquisadores revelam que o tabagismo aumenta o risco de diversos tipos de câncer. No entanto, a partir dos estudos, é possível avaliar que ainda não são claros os mecanismos pelos quais fumar aumenta essa ameaça. Os tumores analisados em recente pesquisa englobavam 17 tipos de câncer em que o cigarro é um dos fatores de risco.
Para o pneumologista e responsável pelo Programa Municipal de Cessação do Tabagismo, Renato Eugênio Macchione, o estudo só comprova, mais uma vez, os malefícios do cigarro para a saúde.
"Eu acredito que seja muito importante a divulgação de pesquisas como essa, pois elas reforçam o que dizemos a respeito do cigarro. Muitos fumantes acabam não acreditando nesta teoria de que o cigarro causa câncer. Então, quando temos um estudo que confirma essa tese, temos mais um motivo para argumentar e tentar convencer essas pessoas a largarem esse vício", informa o pneumologista.
A pesquisa realizada por um grupo de cientistas dos Estados Unidos (EUA) e do Reino Unido fez uma análise genômica em cinco mil pacientes oncológicos, fumantes e não fumantes, e encontrou impressões moleculares em danos no DNA ? as chamadas assinaturas mutacionais ? dos pertencentes ao primeiro grupo (fumantes). As falhas genéticas, segundo os cientistas, podem aumentar as chances de surgimento da doença.
"As mutações identificadas pela pesquisa foram classificadas conforme a exposição do órgão atingido à fumaça. O genoma de cada câncer fornece um tipo de "registro arqueológico" e dois grupos de mutação chamaram a atenção dos pesquisadores: o primeiro, o Signature 4, foi encontrado quase exclusivamente em órgãos diretamente expostos a fumaça como os pulmões e faringe ? de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), a estimativa para 2016 é que haja a ocorrência de mais de 596 mil novos casos da doença no Brasil, sendo que em homens, o número seja de 17.330 para câncer no pulmão e 6.360 na laringe. Já nas mulheres, o número é menor, sendo 10.860 no pulmão e 990 na laringe.
Assim, o Signature 4 é responsável pelo risco elevado a esses órgãos. Mesmo que as mulheres estejam mais predispostas a fumarem, devido às alterações hormonais, a incidência ainda é maior entre os homens", revela Macchione.
No segundo grupo de mutações, o Signature 5, as assinaturas foram encontradas em todos os tipos de cancro e seguiam um mecanismo baseado na lógica de tempo: o número de alterações genéticas presentes nos tecidos era proporcional à idade dos pacientes no momento do diagnóstico do tumor.
Fonte: O Regional
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