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Unicamp desenvolve software que permite 86% de precisão no diagnóstico do câncer de pele

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28/01/2020

 

Pesquisadores da Unicamp desenvolveram um software com potencial para precisar em 86% o diagnóstico do câncer de pele do tipo melanoma. O algoritmo desenvolvido pelos cientistas de computação e engenharia elétrica da universidade de Campinas (SP) identifica o tumor através da foto da lesão.

O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados. O melanoma é o tipo mais agressivo e mata cerca de 1.800 pessoas por ano no país. Manchas com bordas irregulares, cores diferentes que sangram podem ser o sinal de um câncer de pele.

"A quantidade da radiação que é necessária para o desenvolvimento de um câncer é inferior a quantidade necessária para queimar a pele. Então, mesmo que não tenha queimaduras, você já recebeu radiação no local, que pode causar uma mutação e o desenvolvimento de um câncer", explica o dermatologista Victor Hugo Damasceno Fernandes.

O sistema criado na Unicamp agiliza a identificação do melanoma. Para elaborar um padrão de reconhecimento, a tecnologia usou cerca de 30 mil imagens de um banco de dados internacional e foi treinada para identificar a doença. A técnica pode detectar padrões que nem o dermatologista consegue perceber no consultório.

"Um profissional num hospital, num centro de saúde com um celular mesmo, com um equipamento acoplado no celular, é possível coletar essas imagens e passar para o sistema, que vai dizer se aquela lesão é benigna ou maligna, além da confiança que ele tem quanto aquela decisão", explica o doutorando em ciência da computação Alceu Emanuel Bissoto.

De acordo com a pesquisadora Sandra Ávila, professora do Instituto de Computação da Unicamp, o estudo ainda passará por outras etapas e o algoritmo deverá ter o grau de eficiência aumentado, sendo testado em hospitais para depois estar à disposição de médicos e pacientes também em unidades básicas de saúde.

"A vantagem de usar num posto de saúde é que normalmente dado à condição geográfica e econômica, ele provavelmente não tem dermatologista. Se a gente tiver a tecnologia dentro do posto de saúde, que o agente comunitário pode usar aquilo, ele vai conseguir identificar casos mais facilmente e dizer qual é potencialmente maligno", conta.

Fonte: G1

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