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USP busca alternativas de tratamento para tipo comum do câncer de boca

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20/09/10


Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil terá, apenas neste ano, 14.120 novos casos de câncer de boca, que afeta lábios e o interior da cavidade oral. Homens com mais de quarenta anos que bebem e fumam e tenham dentes fraturados ou usem próteses mal ajustadas correm mais risco de desenvolver a doença. Tratar o câncer buscando interferir positivamente na expectativa de vida do paciente é a função do Grupo de Pesquisa em Câncer de Boca, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, do qual faz parte o professor Fábio Daumas Nunes, coordenador da Liga de Neoplasias Bucais.

O professor explica que há vários tipos de câncer de boca. O mais comum é o carcinoma epidermóide, que ocorre em 95% dos casos. Geralmente aparece como uma ferida ou uma lesão branca (um aumento da espessura da mucosa, que sofre queratinização e, devido à saliva, fica com a cor branca). Daumas alerta para a necessidade de se procurar um estomatologista, dentista especialista no diagnóstico de doenças de boca, assim que surgir a ferida, mesmo que não doa ou não provoque perda de sensibilidade. Ao fazer o diagnóstico, o dentista encaminha o paciente para um médico cirurgião de cabeça e pescoço, responsável por conduzir o tratamento.

O grupo de pesquisa em câncer de boca foca seus estudos justamente no carcinoma epidermóide. A despeito dos avanços em pesquisa e tratamento, muitas lesões quando são tratadas já estão grandes e, em diversos casos, existe uma dificuldade em melhorar a expectativa de vida do paciente. O grupo, formado por dentistas, biólogos, médicos e outros profissionais, além de estudantes de graduação, pós e doutorado, reúne o saber das diversas áreas para oferecer melhores respostas e possibilidades diferentes de tratamento. O trabalho de Daumas é realizado no laboratório, onde, através do estudo molecular e da expressão do DNA e do RNA, procura marcadores para a rotina do diagnóstico. Marcadores seriam proteínas e moléculas que, em determinadas condições, indicam se há chance de desenvolver certa lesão e qual sua possível evolução, entre outras observações. Com isso, é possível descobrir o tratamento mais eficaz para cada paciente.

Enquanto o grupo pesquisa a teoria, na Liga de Neoplasias Bucais, coordenada por Fábio Daumas, os alunos de odontologia tratam pacientes com casos de câncer de boca, tentando diminuir as sequelas do tratamento. O professor dá um exemplo de sequelas que poderiam ser previstas ou evitadas com o trabalho do grupo. Se o paciente tiver a boca em mau estado, com dentes mal conservados, próteses mal adaptadas, cáries grandes ou em excesso, pode, após a radioterapia, ter osteoradionecrose. Trata-se de uma infecção que o osso sofre mais intensamente devido à radioterapia. Daumas explica que há muita dor e pode ocorrer perda do osso. A Liga trata pacientes nesta situação e se as condições forem muitos ruins, os dentes são arrancados e é feito o transplante.

O professor destaca que os alunos não somente atendem, como têm um vínculo forte com a teoria. Ele conta que há projetos de incluir pesquisa na Liga. Para Daumas, o aluno tem "que pensar na doença do ponto de vista do paciente e do entendimento profissional, com embasamento científico que é importante para saber atuar". A certeza que deve ter para dar o melhor diagnóstico vem, segundo ele, da pesquisa.

USP

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