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Violência conjugal pode ser um fator de risco para câncer de mama

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25/12/16

Estudo inédito mostrou que 42% das 200 mulheres com câncer de mama entrevistadas relataram que sofriam violência conjugal antes do diagnóstico do tumor

No estudo Influência do diagnóstico de câncer de mama na violência conjugal contra a mulher, 200 pacientes foram interrogadas e constatou-se que 42% delas sofriam violência doméstica do marido ou parceiro. Segundo a oncologista Cristiana Tavares, responsável pela pesquisa e médica da Multihemo, a agressão provoca sérios problemas de saúde física e mental. "Mulheres que experimentaram esse tipo de agressão relatam estresse emocional e tendência ao suicídio, além de uma saúde frágil", afirma.

Entre as principais consequências, de acordo com a oncologista, além de não procurarem ajuda quando agredidas, as vítimas raramente buscam serviços de prevenção à saúde, principalmente em relação aos exames de rastreamento para o câncer de mama e colo uterino. "A violência doméstica é considerada fator de risco para o adoecimento, em curto e longo prazos. Os casos de agressão física foram predominantes na pesquisa, mas relatos de intimidação psicológica ou moral - seguida de negligência e abandono - também são frequentes e antecedem o diagnóstico de câncer. Na família, os filhos apresentam baixo rendimento escolar e alto risco de enfermidades", completa.

Ainda segundo o estudo, a violência ocorre geralmente na residência da mulher e os agressores são ou foram maridos delas, têm baixa escolaridade e, na maior parte dos casos, não moram com as vítimas. Para Cristiana Tavares, esses resultados são importantes para convidar e até mesmo recomendar aos profissionais de saúde - que prestam assistência a pacientes não só com câncer de mama, que questionem o porquê de elas serem alvos de violência doméstica. "Essa abordagem é muito importante, considerando que a situação compromete até o tratamento do câncer", finaliza.

Fonte: Multihemo

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